segunda-feira, 26 de março de 2012

Em busca de repouso e tranquilidade vinha me próprio medicando. É, eu sabia que não era certo me medicar sozinha, mas também sabia que nenhum médico iria me dá esse meu remédio. Bem, não era um remédio, na verdade era um método que me ajudava a ficar calma, pelo menos por certo momento. Muitos me perguntavam do tal método misterioso, que fazia meu sofrimento diminuir. Mas eu não falava, pois esse meu antigo método, era uma coisa para gente amargurada, triste, sozinha e eu não queria afastar ainda mais as pessoas de mim. Em um determinado dia, a última pessoa que eu queria que descobrisse esse meu segredo, acabou me vendo e não tive como negar...  Foi um momento de muita tensão, principalmente pelo silencio e olhar de desespero das duas partes... Quando depois de uns 15 minutos, ela segurou em meu pulso, olhou, chorou e depois disse:
-- Me explique o motivo disto minha Pequena.. Explique-me minha filha... Você tem a mim, a seu pai, seus amigos.. Você tem escola, comida, roupas... Você tem tudo que alguém da sua idade gostaria de ter, então o porquê disto?
Antes de falar qualquer coisa, vi o desespero no rosto de minha mãe, tentei explicar tudo aquilo que se passava comigo, tentei mostrar que nem sempre que eu estava sorrindo eu estava feliz, tentei mostrar que as coisas estavam complicadas para mim.  Disse que aqueles poucos que se diziam meus amigos na verdade não eram, disse da minha dor e da minha angustia ao ver todas as brigas dela com meu Pai.
Ela olhou para mim, depois colocou a mão sobre o rosto e chorou, chorou, chorou, depois que parou um pouco de chorar, falou soluçando que podia ser sempre minha amiga, que eu poderia sempre contar com ela.. Falou que independente de qualquer coisa ela e meu pai só queriam meu bem e iria sempre me apoiar.
Eu disse que não era o suficiente, não que não amasse incondicionalmente meus pais, mas eu sentia um vazio, eu queria que outras pessoas além dela e do meu pai, estivessem comigo..
Ela novamente começou a chorar, mas logo se acalmou e falou com uma voz clara e objetiva: 
-- Eu conheço alguém que também se preocupa muito com você, esse alguém também deve está muito triste com isso que você está fazendo e (...)
Antes mesmo que ela terminasse a frase gritei:
-- QUEM É ESSA PESSOA MÃE? QUEM? Acho que está enganada.
Em seguida, sem pestanejar ela respondeu mais confiante do que nunca:
-- DEUS! Ele está com você... Sempre esteve sempre vai estar! Você acha que Ele está gostando que você faça isso? Acha mesmo? Se você está triste e nem eu nem sei pai podemos lhe acalmar, peça força a Ele, pois com toda certeza do mundo Ele vai lhe ajudar.. Seja qual for o problema, Ele vai lhe dar a solução...
Depois de escutar o desabafo de minha mãe e ver toda angustia em seu rosto a única palavra que saio de minha boca foi:
-- Perdão!

                                                                  Janaína Natalia

Um comentário:

  1. Buscando pela internet uma imagem pude conhecer o seu blog, que por sinal é muito rico e lindo. A partir de agora seguirei/ acompanharei você.

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